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CANTO III.
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Com que mais aos Tamoyos alegravam,
Que mui amantes são do canto e dansa.

Eis chegam: logo um côro de donzellas
De coma flutuante, e mal cobertas
Co’um tecido de pennas de tucano,
Tão esbeltas no talhe que venciam
As mais bellas palmeiras destes bosques,
Ante elles assomando graciosas
Lhes offertam em cúias coloridas
O ardente nanauy, e outros diversos 2
Saborosos licores, que ellas mesmas
De fermentados fructos extrahiram.

« Sejais bem vindos, dizem; para servir-vos
Aqui nos tendes, bravos estrangeiros. »
E nisto os vão das armas despojando,
E dos pesados mantos embebidos
De poeira e suor. – « Vinde comnosco,
Lavai nesta agua pura as mãos e o rosto,