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E ela que hade fazê-la amar, não sómente como produtora da riqueza frutífera, mas como regularadora do clima, como fixadora das areias movediças do litoral, dique invencivel á progressão constante das dunas, amparo das serras que se esborôam e assolam os vales, onde o homem tem o seu pão e o seu vinho, industria florestal, fogo sagrado do lar do pobre, sombra carinhosa das estradas, beleza suprema das matas pacificadoras na fôrça que representa o passado e o futuro.

Temos a obrigação de contar com a propaganda intensificada de todos os amigos da arvore, no sentido de interessar a mulher nesse culto, e confiâmos que não só o governo central como os municípios criarão as escolas praticas de pomicultura, auxiliada pela missão de propaganda que vai ás pequenas povoações ensinar e dirigir o cultivo scientífico, principalmente nos lugares em que exista já uma produção especial.

A essas missões-escolas é que compete ensinar como se tratam as arvores para a melhor produção dos frutos, a sua escolha e acondicionamento para a exportação em fresco, assim como a secagem e conservação em dôce.

Esta dupla campanha tem de ser posta em pratica imediatamente, porque tudo o reclama no país, que necessita de criar fontes seguras de riqueza, não perdendo uma oportunidade que talvez se não torne a apresentar.