Página:A Mulher na agricultura, nas industrias regionaes e na Administração Municipal.pdf/33

Wikisource, a biblioteca livre
27

minosa ociosidade as que mais uteis ainda podem ser na cultura scientífica, as senhoras da classe média, mulheres, filhas e irmãs dos homens que mais labor representam nas sociedades modernas.

A horticultura, como todas as fórmas da cultura agrícola, é hoje perfeitamente scientífica, reconhecendo-se em todos os países que, para ela se desenvolver e progredir, é indispensavel o concurso inteligente da mulher. Eis o motivo por que têem escolas femininas especiais para a horticultura a Belgica, a Holanda e os Estados Unidos, a que já nos referimos, assim como a Suecia, a Dinamarca, a Finlandia, a Inglaterra, a Australia, a Alemanha e outras nações.

A Russia, antes do conflito europeu que tudo perturbou, estava pensando muito a sério no ensino agrícola feminino, tendo aberto ultimamente em Moscou um curso especial de horticultura para meninas.

O assunto é tão urgente, que nos ultimos congressos agrícolas se têem sempre formulado votos no sentido de dar á mulher, pela instrução, o verdadeiro lugar que lhe compete na agricultura e industrias agrícolas. Foi após o congresso internacional feminino, realizado em Londres em 1899, que se formou a «União internacional feminina agrícola e hortícola», com séde em Londres, contando membros em todos os países civilizados.

Esta liga tem por fim reunir todas as mulheres dos países que se interessam pela agricultura, para que se auxiliem e vulgarizem os melhores métodos.