Página:A Mulher na agricultura, nas industrias regionaes e na Administração Municipal.pdf/57

Wikisource, a biblioteca livre
51

dido e enleado ao seu destino, como se tivessemos raizes que no seu seio procurassem a seiva; mas a terra nos ha de libertar, dando-nos a dignificação do nosso papel de dirigentes de familia, e dando-nos a independencia economica, conquistada com o nosso proprio esforço, que sem ele nada vale a fortuna, como libertadora de consciencias».

A mulher necessita de ser bem orientada na agricultura, bem convencida de quanto vale o seu trabalho para o bem comum, e bem senhora do papel que lhe distribuem de fixadora da humanide ao solo de que procedemos e que é mister volvamos a estimar.

Até aqui ela tem sido apenas pelo instinto essa força invencivel que não deixa desagregar as sociedades, que não tem deixado desaparecer dos corações o sentimento colectivo da patria; ou seja nos velhos países emigradores, corno o nosso, onde a mulher — pode bem dizer-se — ha seculos que é a guarda e cultivadora paciente da terra que o homem abandona pela miragem tentadora que o fascina, ou pela obrigação das armas em terras que é necessario manter em continuo estado de conquista e defesa; ou seja nos países novos, onde a imigração é a torrente de vida que fecunda o solo virgem. A mulher! Sempre a mulher é o traço de união do passado ao futuro, é a guarda da terra mater, é a mestra que transmite ás novas gerações as pequenas industrias tradicionais, as lendas do passado, a aspiração do futuro!

Dar pois á mulher a consciência da sua fôrça