— São as pastagens! — disse o tio João, abrangendo com um gesto a extensão do horizonte. — Temos quatro léguas de campo.
Alfredo, encantado já com a vida da estância, queria percorrer os pastos e ver o gado.
— Verás amanhã! Passarás algum tempo na estância, e percorrerás o campo, a cavalo, quando quiseres. Mas é preciso que saibas montar; com algumas lições, ficarás sendo um bravo gaúcho!
— Os pastos estão cheios de bois?
— De bois, de cabras, de carneiros. E temos também muitos cavalos. E verás também a charqueada.
— Que é a charqueada?
— É o estabelecimento em que se prepara a carne salgada e seca. A carne seca chama-se também charque. Produzimos mais de duzentos mil quilos de charque por ano.
— É esta estância, uma das mais ricas do Estado?
— É uma estância de algum valor. Temos alguns milhares de cabeças, incluindo as reses bovinas, ovinas, caprinas — também os porcos.
Continuaram a visitar a fazenda.
Em torno da casa, estendiam-se as residências dos empregados e outras dependências: paióis de forragens, salas de arreios, alpendre para os carros, e depois, os currais e potreiros, as estrebarias, — tudo fechando a vivenda num vasto quadrilátero.
Em frente, debaixo do outro alpendre, estava uma roda de peões, — os empregados da estância, os que lidavam com o gado. Tomavam tranqüilamente o seu chimarrão: é o nome que os gaúchos