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AVENTURAS DE HANS STADEN
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vora, armas e mais objetos, calafetá-los cuidadosamente e amarrá-los uns nos outros.

— Para que, vóvó ?

— Muito simples. Em caso de desastre o mar levaria á praia, com os destroços do barco, aquela penca de barris, onde os naufragos encontrariam o que ha de mais precioso para quem se vê arrojado pelo destino ao seio de uma terra selvagem: armas de fogo e polvora.

A tempestade cresceu de vulto; o barco não pôde resistir e foi arrastado a um ponto da costa cheio de recifes submersos. Não vendo salvação, o comandante mandou aproar para terra. Essa manobra viria favorecer o impulso dos ventos e permitir que a nau encalhasse. Iam-se os aneis mas ficavam os dedos.

Assim foi feito. O barco voou para a costa como um corpo que caisse em direção horizontal. Quando, porém, se aproximava dos arrecifes, apareceu ao lado um porto,