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CONTOS PARAENSES
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risinho sarcastico saltou-lhe da bôcca e veiu espreitar-me de sobre o labio superior, — como se fosse um depoimento vivo da tranquillidade d’aquella alma em face de todos os extraordinarios acontecimentos que por cima d’ella haviam passado, sem conseguirem emocional-a.

 

O meu companheiro, o meu extranho conviva, ergueu-se e, accenando-me para que acompanhasse-o, seguiu em direcção ao povoado, cantarolando esta pandega quadra do Dia e a Noite, de Lecocq:

Minha mulher, que Deus levou,
Foi-me infiel constantemente;
Nada d’isso me acabrunhou:
Levei o caso alegremente!