enviado para Bellinzona, onde nos guardaram n’um quartel, como perigosos e capazes de violar a fronteira.
O projecto não deixou de marchar.
Os generaes Ascioni e d’Aspice deviam partir de Lugano e dirigir-se sobre Como pelo valle de Intelvi.
Quanto a mim devia partir de Bellinzona, atravessar a passagem do Jorio, uma das mais elevadas e difficeis da fronteira, descer sobre o lago de Como, e chamar os habitantes ás armas. Depois do que, com a minha gente, iria reunir-me aos dois generaes.
Como eramos guardados á vista, a cousa era difficil de executar.
Sobre uma altura que dominava Bellinzona estão as ruinas de um velho castello que out’rora pertenceu aos Visconti.
É ali que tinha feito guardar as nossas armas e as munições que depois podera obter.
Ao todo tinha duzentos e cincoenta homens. Dividi-os em oito ou dez bandos, que deviam por muitas estradas, evitando a vigilancia das tropas, reunir-se no castello.
Contra toda a esperança o projecto realisou-se completamente.
Cada um se encontrou no ponto de reunião sem encontrar impedimento; armei todos e estava prompto para partir para a montanha, quero dizer atravessar a fronteira.
Repentinamente ouvi tocar a rebate; as tropas dispunham-se a marchar em minha perseguição.
Mas os habitantes que me tinham votado amisade decidida, sublevaram-se em meu favor, e ameaçaram se se não calasse o tambor, de se armarem e fazer barricadas.
Livre d’este cuidado dei á minha gente ordem de se pôr em marcha; estavamos no fim de outubro, o norte soprava e promettia-nos nova noite de tempestade.
Marchámos toda a noite contra o vento, com o