eu sou obrigado a dizer-lhe é isto. Minha avó
consentiu, por fraqueza de mulher, no que eu
não posso nem devo consentir. O que ha n'ésta
casa não é... não é meu; o
pão que aqui se come...
é comprado por um preço... Padre! ja ve
que não podêmos fallar mais n’este assumpto. Eu
parto ámanhan para Lisboa. — Minha avó!’
acrescentou
Carlos, mudando de voz e chamando
para dentro ’minha avó!’
A velha acudiu, elle disse-lhe a sua tenção, motivou-a em opiniões politicas, declamou contra D. Miguel, mostrou-se enthusiasta da causa liberal, e protestou que, n’aquelle anno, de tal modo se tinha pronunciado em Coimbra e ainda em Lisboa, que só uma prompta fuga o podia salvar...’
A velha chorou, pediu, rogou... inutilmente, em vão.
Fr. Diniz assistiu a tudo isto sem dizer palavra.
E aquella tarde voltou mais cedo para o convento.