"Doida não!" Antes vítima/Sem temôr da crítica
Esta destinado a largas discussões o conteúdo dêste livro. A inconsciência, junta à acumulada sede de desforra por mal contidos despeitos, exultarão pelo ensejo de deturpar autora, ideias e intenções. Vai ser um desdobrar imenso e pitoresco de criticas. Desfiar-se hão os velhos rosários de preconceitos tradicionalistas. A mordas inveja afiará a lâmina cortante da maledicência. O morcêgo da difamação, agitara mais um voo de calúnia, emaranhando o fio quebradiço das lendas, num enredo de falsidade, que uma infinita indulgência de coração deixa medrar, paupando conveniências alheias. Mas um dia se fará a «História dos meus Crimes». E então, muito mistério será desvendado, e muita lenda passará á história da psicologia, num triunfo de verdade clara e eterna como a propria Luz.
Não se me dá do que de mim pensa a sociedade inconsciente de hoje. Preocupa-me apenas o juizo que de mim fará a humanidade esclarecida de amanhã. E como esse juizo será o da justiça, nessa esperança fortaleço a fe combativa que sem destulecimentos de alma peleja pelo Direito, pala Verdade e pela Razão, escudadas no amor do próximo.
Mistura-se ao sangue da minha raça, o sangue ardente de D. Nun'Alvares Pereira.
No perfil honesto e nobre de meu Pai, sagrado pela saudade do meu coração e do coração vibrante de um povo que tanto o amou por ser por Ele muito amado, acentuam-se reminiscencias dos traços fisionómicos do piedoso Condestável.
E, por isso, é com os olhos de alma fitos na alma de imortal bondade de meu Pai, Sebastião Pereira Rebelo Feio, e reanimada pela vibração espiritual e hereditaria da Sempre-Eterna, Sempre-Viva e Sempre-Heroica alma do Vencedor de Aljubarrota, que a minha fe se renova a o meu espírito de combate não esmorece.