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Ó machinas febris! eu sinto a cada passo

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Ó machinas febris! eu sinto a cada passo,
Nos silvos que soltaes, aquelle canto immenso,
Que a nova geração nos labios traz suspenso
Como a estancia viril d'uma epopea d'aço!

Emquanto o velho mundo arfando de cansaço
Prostrado cae na luta; em fumo negro e denso
Levanta-se a espiral d'esse moderno incenso
Que offusca os deuses vãos, anuviando o espaço!

Vós sois as creações fulgentes, fabulosas,
Que, vibrantes, crueis, de lavas sequiosas,
Mordeis o pedestal da velha Magestade!

E as grandes combustões que sempre vos consomem
Começam, n'um cadinho, a refundir o homem
Fazendo resurgir mais larga a Humanidade!