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A Francisco Pinheiro Guimarães

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Ouviste o márcio estrépito
E a mão lançando à espada
Foste, soldado indômito,
Vingar a pátria amada,
Do universal delírio
Aceso o coração.
 
Foste, e na luta férvida,
(Glória e terror das almas)
De quais loureiros vividos
Colheste eternas palmas,
Diga-o ao mundo e à história
A boca da nação!
 
Custa sentidas lágrimas
A glória; a terra bebe
Sangue de heróis e mártires
Que a morte ali recebe;
Da santa pátria o júbilo
Custa a melhor das mães.
 
Mas tu, audaz e impávido,
No ardor de cem porfias,
A mão dum ser angélico,
Herói, guiou teus dias;
E no amplo livro inscreveu-te
Dos novos capitães!
 
Se hoje co’as roupas cândidas
Voltou a paz à terra,
Não, não te basta o esplêndido
Louro da extinta guerra;
De outra gentil vitória
A palma aqui terás.
 
Chamam-te as musas, chama-te
A imensa voz do povo,
Que em seu aplauso unânime
Te guarda um prêmio novo;
Vem lutador do espírito,
Colhe os lauréis da paz.