Americanas/Os Semeadores
OS SEMEADORES[1]
Eis ahi sabiu o que semêa a semear.
Math. xiii, 3.
Vós os que hoje colheis, por esses campos largos,
O doce fructo e a flor,
Acaso esquecereis os asperos e amargos
Tempos do semeador!
Rude era o chão; agreste e longo aquelle dia;
Com tudo, esses heroes
Souberam resistir na afanosa porfia
Aos temporaes e aos soes.
Poucos; mas a vontade os poucos multiplica,
E a fé, e as orações
Fizeram transformar a terra pobre em rica
E os centos em milhões
Nem somente o labor, mas o perigo, a fome,
O frio, a descalcez,
O morrer cada dia uma morte sem nome,
O morrel-a, talvez,
Entre barbaras mãos, como se fora crime,
Como se fora reu
Quem lhe ensinara aquella acção pura e sublime
De as levantar ao ceu!
Ó Paulos do sertão! Que dia e que batalha!
Vencestel-a; e podeis
Entre as dobras dormir da secular mortalha;
Vivireis, vivireis!
Notas
[editar]- ↑ Ill y aurait une fort grande injustice à juger les jesuites du seiziême siêcle et leurs travaux, d′après les idèes que peut inspirerle système suivi dans les missions. Là on peut voir des projets ambitieux s’allier à des vues habiles : dans les premiers travaux exécutés par les pères de la compagnie, au Brésil, tout fut désintéressé ; et au besoin, le récit de leurs souffrances pourrait le prouver (F. Denis, Le Brésil).