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As Doutoras/IV/II

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Personagens: AS MESMAS e MARIA

MARIA — Dá cá, dá cá este ladrãozinho, que ainda não segurei nele hoje! (Tira-o do colo de Eulália e carrega-o.)

LUÍSA — Não o acha um pouco abatido, minha mãe?

MARIA — Qual, menina! Está tão coradinho!

EULÁLIA — A patroa permite que eu meta o meu bedelho onde não sou chamada?

LUÍSA — O que é?

EULÁLIA — Eu acho que dão banhos demais nesta criança!

MARIA — Querias então que ele não se lavasse?

EULÁLIA — Não, ora, mas é que esses banhos de corpo esfregado, zás, zás, que te zás, com uma esponja tiram muito a sustância duma pobre criatura. O que convém é um banho de sopapos.

LUÍSA — Mas que história é essa de banhos de sopapos?

EULÁLIA — Pois a patroa não sabe? Deita-se o pequenino dentro da bacia e a gente de longe, com a mão aberta, vai-lhe jogando água em cima. (Imitando o barulho d'água.) Xoque! Xoque! Xoque!

LUÍSA — Tens cada lembrança...

EULÁLIA — Eu cá nunca tomei banhos senão de sopapos e olhe a senhora que tenho-me dado muito bem com eles!