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Cruel destino!

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Tudo se abraça n'este mundo, creia!
O mundo é sonho passageiro, breve,
Se além a sorte a sina nos descreve,
Tambem o amor impelle a nossa ideia.

Abraça o mar, bramindo, a branca areia,
O zephyro que, á tarde, vae de leve
Pelo norte a voar, abraça a neve,
Abraça a chamma um corpo que incendeia.

A hera abraça o tronco que, elevando
Os braços para o espaço, os entrelaça
No doce arfar da naturesa, brando.

O raio abraça o cedro que estilhaça,
A lua abraça o mar, se está brilhando,
Só o meu peito, amor, a não abraça!