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Dicionário de Cultura Básica/Dadaísmo

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DADAÍSMO (movimento estético do Modernismo europeu) → Vanguarda

O movimento artístico da vanguarda suíça, que ocorreu entre 1916 e 1921, teve seu nome "dadá" (as primeiras sílabas faladas por uma criança) escolhido ao acaso, quando Tristan Tzara abriu o dicionário Larousse, no cabaré "Voltaire" de Zurique. Ele e outros intelectuais e artistas, revoltados contra os horrores da I Guerra Mundial, tentaram substituir a cultura do passado por algo de novo, sem saberem exatamente o que fosse. O movimento se caracterizou por um cunho fortemente anárquico, expressando a rebelião da geração jovem contra os poderosos círculos internacionais e a burguesia acomodada. Foi uma tentativa essencialmente contestatória, antiarte por excelência pois, através de arruaças, exposições extravagantes, agitações anárquicas, banquetes excêntricos e tumultuados, os dadaístas gritavam a sua trágica revolta, ridicularizando tradições e valores institucionalizados. A única norma estética era a "lei do acaso", apregoando a poesia e a pintura automáticas: faziam poemas remexendo alguns recortes de jornais no fundo de um chapéu; misturavam tintas sem nenhum critério; convidavam os visitantes de suas exposições a quebrarem os quadros à vontade, pois achavam que não tinham nenhum valor eterno; choravam nas cerimônias nupciais; davam risadas durante os enterros; enfim, pregavam e praticavam o mais absoluto inconformismo. Da Suíça o movimento se espalhou para o mundo, sendo cultivado especialmente em Nova Iorque, onde expuseram seus objetos Picabia, Man Ray e Duchamp, e em Paris, conseguindo a adesão, no campo literário, de André Breton. Mas este poeta francês logo renegou o Dadaísmo por achar que não levava a nada e, em 1921, deu origem à corrente surrealista (→ Surrealismo).