Discussão:Viagens na Minha Terra (grafia de 1943)/VI

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publicação original em Revista Universal Lisboense. n.6, 31 julho de 1845, pag. 66

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Poema Camões Lusíadas II 11-12

Ali tinha em retrato afigurada
Do alto e Santo Espírito a pintura:
A cândida pombinha debuxada
Sobre a única Fénix, Virgem pura;
A companhia santa está pintada
Dos doze, tão torvados na figura,
Como os que, só das línguas que caíram,
De fogo, várias línguas referiram.
 
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Aqui os dous companheiros conduzidos
Onde com este engano Baco estava,
Põem em terra os giolhos, e os sentidos
Naquele Deus que o mundo governava.
Os cheiros excelentes, produzidos
Na Pancaia odorífera, queimava
O Tioneu, e assim por derradeiro
O falso Deus adora o verdadeiro.


O mito de Adonirão como detentor do segredo maçônico está em A Segredo revelado, ou manifestaçaõ do systema dos Pedreiros ..., Volume 2 Por abbé Barruel traduzido para o Português em 1810 pelo padre José Agostinho, contestando a posição liberal da maçonaria. ____________________________________ Poema Citado

Camões, grande Camões, quão semelhante
Acho teu fado ao meu, quando os cotejo!
Igual causa nos fez, perdendo o Tejo,
Arrostar co'o sacrílego gigante;

Como tu, junto ao Ganges sussurrante,
Da penúria cruel no horror me vejo;
Como tu, gostos vãos, que em vão desejo,
Também carpindo estou, saudoso amante.

Ludíbrio, como tu, da Sorte dura
Meu fim demando ao Céu, pela certeza
De que só terei paz na sepultura.

Modelo meu tu és, mas... oh, tristeza!...
Se te imito nos transes da Ventura,
Não te imito nos dons da Natureza.

____________ Bocage. Rimas

ver mais informações em http://coloquio.gulbenkian.pt/bib/sirius.exe/issueContentDisplay?n=51&p=15&o=r


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