Eu (Augusto dos Anjos, 1912)/Vencedor: diferenças entre revisões

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Meu coração - estranho carniceiro!
Meu coração - estranho carniceiro!




Não podes?! Chama então presto o primeiro
Não podes?! Chama então presto o primeiro
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Nenhum pôde domar o prisioneiro.
Nenhum pôde domar o prisioneiro.




Meu coração triunfava nas arenas.
Meu coração triunfava nas arenas.
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E outro mais, e, por fim, veio um atleta,
E outro mais, e, por fim, veio um atleta,




Vieram todos, por fim; ao todo, uns cem...
Vieram todos, por fim; ao todo, uns cem...
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Revisão das 22h50min de 31 de outubro de 2009

Toma as espadas rútilas, guerreiro,

E à rutilância das espadas, toma

A adaga de aço, o gládio de aço, e doma

Meu coração - estranho carniceiro!

Não podes?! Chama então presto o primeiro

E o mais possante gladiador de Roma.

E qual mais pronto, e qual mais presto assoma

Nenhum pôde domar o prisioneiro.

Meu coração triunfava nas arenas.

Veio depois um domador de hienas

E outro mais, e, por fim, veio um atleta,

Vieram todos, por fim; ao todo, uns cem...

E não pôde domá-lo enfim ninguém,

Que ninguém doma um coração de poeta!

(Eu, 47)