Eu (Augusto dos Anjos, 1912)/Vencedor: diferenças entre revisões

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Revisão das 10h26min de 28 de julho de 2006

Toma as espadas rútilas, guerreiro,

E à rutilância das espadas, toma

A adaga de aço, o gládio de aço, e doma

Meu coração - estranho carniceiro!


Não podes?! Chama então presto o primeiro

E o mais possante gladiador de Roma.

E qual mais pronto, e qual mais presto assoma

Nenhum pôde domar o prisioneiro.


Meu coração triunfava nas arenas.

Veio depois um domador de hienas

E outro mais, e, por fim, veio um atleta,


Vieram todos, por fim; ao todo, uns cem...

E não pôde domá-lo enfim ninguém,

Que ninguém doma um coração de poeta!

(Eu, 47)