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Frei Simão/V

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O delirio de frei Simão durou alguns dias. Graças aos cuidados, pôde melhorar, e pareceu a todos que estava bom, menos ao medico, que queria continuar a cura. Mas o frade disse positivamente que se retirava ao convento, e não houve forças humanas que o detivessem.

O leitor comprehende naturalmente que o casamento de Helena fôra obrigado pelos tios.

A pobre senhora não resistio á commoção. Dous mezes depois morreu, deixando inconsolavel o marido, que a amava com veras.

Frei Simão, recolhido ao convento, tornou-se mais solitario e taciturno. Restava-lhe ainda um pouco da alienação.

Já conhecemos o acontecimento de sua morte e a impressão que ella causára ao abbade.

A cella de frei Simão de Santa Agueda esteve muito tempo religiosamente fechada. Só se abrio, algum tempo depois, para dar entrada a um velho secular, que por esmola alcançou do abbade acabar os seus dias na convivencia dos medicos da alma. Era o pai de Simão. A mãi tinha morrido.

Foi crença, nos ultimos annos da vida d’este velho, que elle não estava menos doudo que frei Simão de Santa Agueda.