Galeria dos Brasileiros Ilustres/Bispo de Anemúria

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Frei Antônio de Arrábida nasceu na cidade de Lisboa, em Portugal, a 9 de setembro de 1771, de pais honrados e virtuosos, que lhe deram esmerada educação, baseada nos princípios religiosos, os quais com rápido desenvolvimento o prepararam para o estado regular, e por tal maneira, que Antônio de Arrábida não esperou a idade canônica para o abraçar, e apenas acabados seus primeiros estudos entrou para o claustro, no convento de S. Pedro de Alcântara, quando tinha então 15 anos; tomou logo as primeiras ordens, e aí esperava a época da sua profissão. Porém, conhecida sua aplicação aos estudos superiores, e seu aproveitamento, foi ele escolhido para lente e bibliotecário do convento de Mafra, onde com grande proveito para si e para a corporação esperou a idade necessária e professou. Continuando ali tão honrosa ocupação, foram seus talentos e conduta devidamente apreciados pelo virtuoso príncipe, depois rei, o Sr. D. João VI, de saudosa memória, na sua estada naquele convento, chamando-o para junto de si, quando Fr. Antônio tinha apenas 28 anos de idade.

Colocado assim em tão alta posição desde 1800, Fr. Antônio, o amigo confidente do príncipe, nunca dela abusou: era na habitação régia o mesmo religioso do claustro; e cultivando sempre as letras, Fr. Antônio não perdia ocasião de fazer o bem: quem o conheceu sabia que era ele o medianeiro entre o príncipe clemente e caridoso e o necessitado.

Em política já então era Fr. Antônio de escrupulosa reserva, quando em consultas o ouvia o príncipe, muito mais depois que Sua Alteza foi a regente; e o acerto em que nelas se houve era uma garantia que lhe dava o seu confidente.

Assim passaram os anos até 1807, em que o príncipe regente, reconhecendo a importância do Estado do Brasil, e querendo dar-lhe um governo mais forte, mais prestigioso, resolveu nomear ao Sr. D. Pedro de Alcântara, príncipe da Beira, seu condestável no Brasil, para onde devia logo partir.

Tomada esta resolução, e quem sabe com que alcance, aconselhada talvez pelo distinto brasileiro, então incumbido do gabinete do príncipe regente, foi por ele comunicada a Fr. Antônio, da parte de Sua Alteza, com a declaração de que o príncipe o havia nomeado secretário particular do augusto condestável, e que dentro em poucos dias seguiriam para o novo destino; dando-lhe um exemplar da proclamação impressa, que naquela ocasião seria publicada. Ao Instituto Histórico e Geográfico do Brasil foi há dois anos oferecido o documento autêntico, que comprovava o fato da nomeação do augusto condestável, até então ignorado. Porém, quando Fr. Antônio preparava-se para a longa viagem, com tanto segredo, que sua própria família apenas sabia que em serviço do regente saía de Lisboa, é novamente chamado pelo regente, por intermédio do mesmo nosso distinto patrício, e então lhe comunica que o número de passageiros havia-se aumentado, isto é, que ele e toda a família real partiam para o Brasil; que Fr. Antônio o devia acompanhar, e na mesma nau, dando-lhe mais, além da nomeação do seu diretor espiritual e de mestre do príncipe da Beira. A notícia da invasão dos franceses em Portugal havia obrigado o príncipe regente a tomar uma tal resolução.

Obedecendo Fr. Antônio às ordens do príncipe, não pôde lhe ocultar o desejo que tinha de contribuir para o engrandecimento de um país, cuja prosperidade ele tanto profetizava; declarando mais, que, vindo para o Brasil, seria brasileiro!...

Realizada a viagem, e chegada a família real a este porto, não tendo sido para isso indiferente ao príncipe regente o parecer do seu confessor, sobre a escolha da província, ou cidade do Brasil, para sua residência, foi sempre Fr. Antônio o confessor inseparável do príncipe regente, não porque assim quisesse ostentar privança, mas porque o ordenava o príncipe. Nós fomos testemunha da modéstia de Fr. Antônio em todo esse tempo, apesar do reflexo que lhe cabia, do astro que acompanhava.

Chegada a época da aclamação do príncipe, por falecimento da rainha a Srª D. Maria I, foi ela julgada oportuna pelo novo monarca para elevar o seu confessor em dignidade no seu estado; porém, Fr. An-tônio tudo recusou com respeito, aceitando apenas a pensão do 400$000 do bolsinho de el-rei, para suas irmãs, que haviam ficado em Portugal.

No ano de 1821 vieram os sucessos, que proclamaram a Constituição, a 26 de fevereiro; e conquanto o Fr. Antônio não fosse liberal, todavia desejava que o país, que adotara por pátria, tão voluntariamente, acompanhasse as idéias do século, e melhorasse, com a adoção de novas instituições; neste caso, pois, não hesitou Fr. Antônio nas respostas que tinha de dar ao príncipe e ao rei, sendo consultado; elas foram favoráveis à manifestação popular, e por maneira, que podemos certificar, que a modesta cela de Fr. Antônio (Fr. Antônio nunca deixou a morada do convento de Santo Antônio dessa corte) era o ponto de reunião dos Rochas, dos Azevedos Coutinhos, dos Nóbregas, dos Andradas e outros colaboradores da Constituição e da Independência, onde se resolvia o que devia ser e foi proposto ao príncipe, e a el-rei, e depois ao imperador.

Dado aquele passo importante, já não era possível duvidar da sorte do Brasil; porém outro tanto não acontecia a Portugal, donde tudo era para recear; e então pareceu a el-rei, indo, tudo remediava; e resol-vendo-o fazer, em menos de um mês, não pedia mais a Fr. Antônio o auxílio dos seus conselhos, que lhe recordavam reflexões feitas em 1807, todas favoráveis ao monarca e ao Brasil, mas que não cessasse de dirigir a seu filho, o príncipe D. Pedro; o qual colocando logo Fr. Antônio no mesmo posto que ocupara para com seu augusto pai, e já mais o consultando, e ouvindo, que não conhecesse o acerto de suas idéias, e o estudo que fazia dos homens e das coisas do Brasil, o nomeou, a 23 de outubro de 1822, bibliotecário da Biblioteca Pública e Nacional, onde Fr. Antônio prestou importantes serviços, que ainda hoje o recordam. Entre os bons serviços prestados pelo novo bibliotecário, um há, sem dúvida, que revela bem o apreço em que Fr. Antônio tinha às coisas do Brasil. Fazendo organizar o índex da livraria, encontrou ele o importante Manuscrito Botânico, do padre-mestre Fr. José Mariano da Conceição Veloso, franciscano da província do Rio de Janeiro, e natural de Minas, que em 1790 o havia dedicado a Luís de Vasconcelos, depois conde de Figueiró, com o título de Flores Fluminenses, formado com saber e precisão, e muito trabalho de coligir, descrever e fazer desenhar 1.639 espécies de planta.

Por tão feliz achado exultou de prazer Fr. Antônio, amigo que era do Brasil, e para logo o denunciou na augusta presença do fundador do Império, o Sr. D. Pedro I, com o plano e proposta para sua publicação; o qual desejando, e tudo fazendo para realçar a glória do Brasil, dignou-se mandar aprovar a proposta por aviso da secretaria de estado dos Negócios do Império, de 25 de abril de 1825, e louvar o reconhecido zelo do bibliotecário, por tudo quanto podia acreditar o gênio brasileiro; determinando que o texto da obra fosse aqui impresso, na tipografia nacional, sob as vistas do mesmo bibliotecário e o Dr. João da Silva Caldeira; e autorizando-o a remeter os desenhos para Paris, a fim de serem litografados na oficina de Lasteyrie, "ficando a direção de todos estes trabalhos, diz o referido aviso, a cargo do bibliotecário, por lhe serem louváveis, e muito análogos ao seu patriotismo".

Antes de janeiro de 1831, estavam todas as litografias recebidas no Rio de Janeiro, para a publicação de 3.000 exemplares.

Fr. Antônio era tão brasileiro, que acusado, logo depois da nossa independência, por uma alta personagem do velho mundo, por não ter cooperado para a conciliação dos dois países irmãos, o que dizia ela, teria sido fácil, mas antes concorrido, talvez, para a sua emancipação, respondeu-lhe ele nestes termos:

"Se a boa-fé presidia às suas deliberações, às das Cortes, se os seus intentos não eram escravizar, por que razão lhe tem custado tanto a ajustar os projetos emitidos pelas comissões? Por que razão nada do que parece favorecer o Brasil diretamente lhe agrada? Por que razão os mais francos princípios de reciprocidade, e os artigos, talvez os mais onerosos, mas que provam os ardentes desejos que os brasileiros tinham da união, têm sido constantemente reprovados ao som de impropérios e de afrontas, de gritos, e pachouchadas, indignas do mais ordinário? É assim que irmãos se ajustam? É este o método de tratar as mais interessantes questões de Estado?" Estes sentimentos de brasileirismo em Fr. Antônio eram tão conhecidos e apreciados pelo imperador o Sr. D. Pedro I, de sempre saudosa memória, que lhe determinou, depois da queda da Constituinte, apresentasse um projeto de Constituição; o qual foi tomado em consideração pelos distintos brasileiros colaboradores da que nos rege, e Fr. Antônio convidado e ouvido para as respectivas conferências.

Ao brasileirismo de Fr. Antônio deve o país o significativo título da primeira de suas ordens honoríficas.

Querendo o Sr. D. Pedro I dar a Fr. Antônio maior prova de sua estima, solicitou e obteve da Santa Sé, com surpresa dele, a dignidade de bispo titular de Anemúria; adicionando-lhe a nomeação de coadjutor do capelão-mor. Agradecendo ao seu augusto amo tanta distinção, não lhe estava bem uma renúncia, ele resignou-se mas escrevendo a um amigo, a 23 de outubro de 1826, disse-lhe: "A Providência queira não tomar contas ao imperador, por este excesso de liberalidade."

O imperador ainda deu ao bispo de Anemúria outra prova da valia em que tinha seus talentos; dignou-se nomeá-lo diretor dos estudos do augusto príncipe e princesas imperiais; e no seu segundo consórcio, condecorá-lo com a Grã-Cruz da Imperial Ordem da Rosa.

O homem que tantos serviços havia já prestado ao Brasil não podia deixar de participar de um dos seus maiores triunfos, do reconhecimento da sua independência; e tendo Portugal ouvido enfim o reclamo da justiça, nomeando o embaixador que devia fazer o tratado do reconhecimento da Independência do Brasil, apenas chegado ao Rio de Janeiro Sir Charles Stuart, a 16 de julho de 1825, foi procurar na modesta cela do convento de Santo Antônio a Fr. Antônio de Arrábida, e entregar-lhe uma carta autógrafa de el-rei o Sr. D. João VI. Não diremos até que ponto pôde influir a mediação do amigo confidente de ambas as Altas Partes Contratantes; mas é fato que, três dias depois da chegada, teve o embaixador a sua apresentação, e a 29 de agosto do mesmo ano, pouco mais de um mês da sua chegada, estava assinado o tratado!

Foi o bispo de Anemúria incansável em promover o engrandecimento do nosso museu; entre outras, muito importante foi a oferta, que para ele fez a Sua Majestade o Sr. D. Pedro I, de uma coleção de mil preciosas medalhas, que ele possuía, egípcias, gregas e romanas.

Os anos decorridos depois, até a abdicação, não foram de ócio para o bispo de Anemúria. Evitaremos os comentários dos seus sofrimentos nessa época de dor, que nos trouxe o devolvimento da coroa a S. M. I. o Sr. D. Pedro II, príncipe virtuoso, ilustrado, e magnânimo, a glória dos monarcas do nosso século.

Esses sofrimentos foram agravados, quando o punhal do assassino o foi procurar na sua cela no convento de Santo Antônio, na tarde do dia 15 de julho de 1831! O bispo de Anemúria foi obrigado na tarde seguinte a tomar o disfarce para procurar um asilo seguro. Ele achou-o na casa hospitaleira de um respeitável ancião, onde esteve três anos. O bispo de Anemúria havia sido contemplado em uma lista de proscritos: o seu crime era ser amigo do Sr. D. Pedro I!

Logo depois, isto é, a 16 de agosto do mesmo ano, o bispo de Anemúria exonerado do lugar de bibliotecário da Biblioteca Pública Nacional, perdendo assim o único vencimento que tinha dos cofres públicos, porque toda a sua subsistência cessou com a partida do magnânimo Sr. D. Pedro I.

Reduzido portanto à miséria, e a mendigar dos amigos o pão necessário, ele recorreu a uma subscrição entre amigos e caritativos, para formar um fundo, cujo rendimento minorasse a sua mendicidade; ele obteve-a em parte, o que muito deveu, entre outros, ao Exmo marquês de Abrantes, que afincadamente a promoveu. O generoso coração de S. M. o imperador apareceu a concorrer com uma mensalidade, segundo sua ordem de 23 de agosto de 1834, que lhe foi paga até sua morte.

Estava o bispo de Anemúria nestes apuros de meios de subsistência, quando um amigo de além-mar lhe lançava em rosto o nenhum fruto que havia tirado dos seus bons serviços, e ele respondia-lhe em carta de 8 de fevereiro de 1835: "De que tenho eu de me pejar, da minha mendicidade? A minha profissão religiosa; 40 anos de serviços públicos, e aos imperantes; sacrifícios não equívocos, prestados não só à submissão e ao respeito, mas ao amor e à gratidão para com os soberanos são títulos que fazem muita honra à miséria a que fui reduzido".

A Providência quis ainda uma vez ser-lhe propícia, para o punir talvez depois com maior severidade. Em 1836, foi-lhe concedida pelo corpo legislativo uma côngrua de um conto e duzentos mil-réis anuais; e tendo sido criado o Colégio D. Pedro II, nesta corte, por grandes instâncias de seus amigos aceitou a sua reitoria, por decreto de 5 de fevereiro de 1838; dando tanto apreço a esse assentimento o Exmo Ministro Vasconcelos, que, apesar de seu estado de paralisia, foi ao convento de Santo Antônio, à cela do bispo de Anemúria, agradecer-lhe o seu sim e dar-lhe por esta forma um desmentido às frívolas acusações.

Os sofrimentos morais haviam fortemente contribuído para deteriorar a saúde do reitor do Colégio de Pedro II. Depois de tê-lo montado e conseguido a sua marcha regular, instou ele, e obteve a sua exoneração, por decreto de 15 de junho de 1839.

Nesse mesmo ano, teve o bispo de Anemúria a distinta honra de administrar a S. M. I. o Sr. D. Pedro II o sacramento da Confirmação, com a agradável coincidência de haver tido a subida honra de ser padrinho do Imperador o Sr. D. Pedro I, no mesmo sacramento.

Retirado o bispo de Anemúria para fora da cidade, pelo seu mau estado de saúde, não lhe foi ali indiferente o brado da Maioridade: voltou à corte; e unindo seus votos aos dos defensores desse princípio, procurou chamar para ele os que por acaso ainda não tinham avaliado a sua importância. De tão feliz sucesso, da aclamação da maioridade de S. M. o Sr. D. Pedro II, participou diretamente o bispo de Anemúria; ele teve a honra de ser um dos prelados assistentes à coroação e sagração do mesmo augusto senhor; sendo por esse motivo condecorado com a comenda da ordem de Cristo; e criando-se depois o Conselho de Estado, foi ele contemplado no número dos conselheiros, na sua criação, sendo nomeado, por decreto de 5 de fevereiro de 1842, conselheiro de estado extraordinário. Porém, pouco mais de três anos exerceu essas funções; o aviso da Secretaria de Estado dos Negócios do Império, de maio de 1845, exonerou-o delas, e novamente reduziu a privações, que tanto mais sensíveis lhe foram, quanto suas forças o abandonavam e aparecia o desânimo para mais nada empreender.

Então teve de ser novamente pesado ao pequeno círculo de seus amigos, tão pequeno como é o de um velho sem valimento.

A mesma côngrua de 1:200$000, que o corpo legislativo lhe havia concedido em 1836, foi mal interpretada, e dela deduzida a pensão de 400$000, que recebia do bolsinho de el-rei, o Sr. D. João VI, e que não lhe havia sido mais paga desde 7 de abril de 1831.

Com tão poucos meios, impossível era sustentar-se; e no seu mau estado de saúde, sem novamente recorrer aos amigos, ele viveu, pois, os últimos tempos de sua existência na companhia de alguns, falecendo na de um deles.

Vendo aproximar-se seus últimos dias, combatidos por oito meses de enfermidade e tendo já satisfeito todos os deveres de católico, o bispo de Anemúria reconheceu que lhe faltava ainda cumprir um rigoroso dever para si, e para aqueles que possuem iguais sentimentos; esse dever era o de beijar pela última vez a mão de S. M. o Imperador, e pedir-lhe que lhe perdoasse, se alguma vez o ofendeu. Não o podendo fazer, nem autorizar ao amigo, em cuja casa estava, a que o fizesse pessoalmente, pela estada fora da corte do mesmo augusto senhor, autorizou-o a que por escrito, e para aquele fim, procurasse o intermédio do gentil-homem de serviço ao monarca, manifestando-lhe ao mesmo tempo, que havendo ele servido com toda a dedicação aos augustos antepassados de S. M. o imperador, desde o Sr. D. João VI até então, cinqüenta anos decorridos, não se recordava que um só momento houvesse deixado de servir com muita adesão, fidelidade, amor, respeito e dedicação a sua augusta família nessas três gerações; que jamais houvesse abusado da confiança que nele tinham depositado, traindo-a de qualquer maneira; e que, finalmente, nos quarenta e dois anos que serviu ao Brasil, nunca fez, nem aconselhou senão o bem para seus augustos amos, e para a pátria que tão voluntariamente adotou; que cônscio desta verdade ele beijava pela última vez a augusta mão de S. M. o imperador e imperial família; e suplicava ao Senhor dos Impérios, que com a sua bênção os protegesse, e ao Império do Brasil, como ele sempre rogou no santo sacrifício da missa; esperando que um dia, pela Misericórdia Divina, e ainda que demorado pela longevidade de S. M. o imperador, para bem do Brasil, ambos pudessem dizer em face do Deus vivo — Venite, exultemos domino. A resposta de S. M. I., em carta do Exmo conde de Iguaçu, foi a mais lisonjeira possível para o bispo de Anemúria; as expressões imperiais serviram de consolação ao bispo moribundo, que faleceu pouco depois, a 10 de abril de 1850, nos braços do amigo, filho daquele que o havia recebido em sua casa a 16 de julho de 1831.

Muito mais poderíamos dizer do bispo de Anemúria, se uma resolução, filha sem dúvida da sua modéstia, não nos privasse de importantes documentos, entregando-os às chamas, pouco tempo antes da sua última enfermidade, entre os quais havia importantíssimas cartas autógrafas de diversos monarcas, principalmente de SS. MM. II. e RR., os Srs. D. João VI e Francisco I.

Rio de Janeiro, 20 de março de 1859.