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Lágrimas Abençoadas/I/III

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Decorreram sete annos.

Eu não devo aqui pintar um quadro de guerra. Seria salpicar de sangue a tela onde me propuz traçar uma figura grandiosa, com o colorido suave da religião. Abomino a historia, se é força lembra'-la a testemunhas oculares. Ha ahi muitos escolhos que ludibriam os mais atilados pilotos. Escandecencias politicas não se refrigeram com o orvalho do céo. Se do pulpito o hyssope muitas vezes as exacerba, que fará d'aqui?!

E tomára eu que estas linhas, pallido reflexo do que ha de incommunicavel no meu coração, accendessem o amor de Deus, apagando a flamma das inimizades humanas! Tomára eu lagrimas e dó, e paz e esquecimento para os homens, que não devem aqui encher uma pagina de odio n'um livro que aconselha a resignação. Durmam uns e outros o breve somno, que vae do anoitecer da vida á alvorada do archanjo. Ver-nos-hemos em volta do juiz, que, nos seus dias de réo entre a humanidade pervertida, dissera:

«Só a mim pertence julgar os bons e os maus!»

Bemaventurados os que esperam.