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Lágrimas Abençoadas/IV/VIII

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O orgulho de Alvaro succumbiu. No dia seguinte, procurou Maria. Desta vez, não o abandonou o animo á porta do mosteiro. A primeira pessoa que viu no pateo foi o seu mestre, o tio de sua mulher.

Eram oito horas da manhã. Frei Antonio entrava no templo para sacrificar, e convidou Alvaro a segui'-lo, porque Maria estava no côro, e, só depois da missa, viria ao locutorio.

O abstrahido moço, entrou ne egreja e ajoelhou. Maria soltára, no seio de uma amiga, um ai que o denunciára. A amiga, electrisada pelas lagrimas felizes da secular, pediu á prelada se lhe consentia que tocasse o orgão durante a missa. Obtido o consentimento, fez soar, magestosa de tristeza, tristeza suavissima que dulcifica as lagrimas, a musica do Te-Deum laudamus.

Na fronte de Alvaro eriçaram-se os cabellos: a felicidade trasbordava-lhe do seio em lagrimas, corria-lhe o corpo o calefrio do arrebatamento, esse phenomeno inexplicavel que tantas vezes abala as organisações delicadas.