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Mãe...

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Mãe — que adormente este viver dorido,
E me vele esta noite de tal frio,
E com as mãos piedosas ate o fio
Do meu pobre existir, meio partido...

Que me leve comsigo, adormecido,
Ao passar pelo sitio mais sombrio...
Me banhe e lave a alma lá no rio
Da clara luz do seu olhar querido...

Eu dava o meu orgulho de homem — dava
Minha esteril sciencia, sem receio,
E em debil criancinha me tornava.

Descuidada, feliz, docil tambem,
Se eu podesse dormir sobre o teu seio,
Se tu fosses, querida, a minha mãe!