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Mea culpa

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Não duvido que o mundo no seu eixo
Gire suspenso e volva em harmonia;
Que o homem suba e vá da noite ao dia,
E o homem vá subindo insecto o seixo.

Não chamo a Deus tyranno, nem me queixo,
Nem chamo ao céo da vida noite fria;
Não chamo á existencia hora sombria;
Acaso, á ordem; nem á lei desleixo.

A Natureza é minha mãe ainda...
É minha mãe... Ah, se eu á face linda
Não sei sorrir: se estou desesperado;

Se nada ha que me aqueça esta frieza;
Se estou cheio de fel e de tristeza...
É de crer que só eu seja o culpado!