Na oração, que desaterra
No sermão que pregou na Madre de Deos D. João Franco de Oliveyra pondera o poeta a fragilidade humana. por |
Poema agrupado posteriormente e publicado em Crônica do Viver Baiano Seiscentista — Os Homens Bons — Pessoas Muito Principais
|
Na oração, que desaterra....................................................aterra
Quer Deus, que, a quem está o cuidado...............................dado
Pregue, que a vida é emprestado.........................................estado
Mistérios mil, que desenterra...............................................enterra.
Quem não cuida de si, que é terra........................................erra
Que o alto Rei por afamado..................................................amado,
E quem lhe assiste ao desvelado.........................................lado
Da morte ao ar não desaferra................................................aferra.
Quem do mundo a mortal loucura..........................................cura,
A vontade de Deus sagrada..................................................agrada,
Firmar-lhe a vida em atadura.................................................dura.
Ó voz zelosa, que dobrada....................................................brada,
Já sei, que a flor da formosura...............................................usura
Será no fim desta jornada......................................................nada.