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No culto, que a terra dava

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1No culto, que a terra dava,
equivocava-se a vista,
se celebrava o Batista,
se ao Coutinho festejava:
um e outro João estava
arrojando à sua planta
tanto aplauso, e festa tanta:
mas viu-se, que ao mesmo dia,
em que o Batista caía,
o Coutinho se levanta.

2Viu-se, que um João Batista
na terça-feira caíra,
e que outro João subira
a imperar esta conquista:
mas não se enganou a vista
por desacerto, ou desgraça,
antes com divina traça
se notou, e se advertiu,
que se um com graça caiu,
outro nos caiu em graça.

3Braba ocorrência se achou
no martirológio então,
o dia era de um João,
e outro João lhe levou:
toda a cidade assentou
por razão, se por carinho
ser mais acerto, e alinho
preferir entre dous grandes
como um Silva a um Fernandes
a um Batista um Coutinho.

4Mais ocorrências se leram,
porque pasmasse a Bahia,
dous num dia há cada dia,
mas três nunca concorreram:
três de um nome então vieram,
e qual mais para aplaudido,
e assim confuso, e sentido
ficou com tão nova traça
restaurada a nossa Praça
e o Calendário aturdido.

5Se de um só João no dia
se abalava a cristandade,
por três de tal qualidade
quem se não abalaria!
tudo quanto então se via,
se via com grande abalo,
um mar de fogo a cavalo,
a pé um Etna de flores,
e por ver tantos primores
o Céu dava tanto estalo.

6A ver o grande Alencastro
quem não fez do aperto graça:
se saiu o sol à praça
fazer praça a tanto Astro?
o bronze pois, e alabastro
por solenizar a glória
consentirão, que esta história
fique por mais segurança
nos arquivos da lembrança
nos volumes da memória.