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O Brasil Anedótico/CCC

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Barbosa de Godói — "História do Maranhão", tomo II, pág. 318.

Português embora, Manuel Bekman se havia identificado de tal maneira com os brasileiros, que amava o Brasil muito mais que a sua pátria de nascimento. Daí a sua atitude desassombrada, chefiando o movimento popular contra o capitão-mor, interino, Baltasar Fernandes e, principalmente, contra o estanco, que estava arruinando a capitania do Maranhão. Vitoriosa a revolução, começava dentro de pouco tempo o desânimo entre os outros colaboradores, até que se restabeleceu o prestígio da metrópole, com a chegada de Gomes Freire a S. Luiz.

Condenado à morte e posta a prêmio a sua cabeça, foi Bekman entregue a uma escolta de Gomes Freire por um seu afilhado filho de criação, de nome Lázaro de Meio, quem haviam prometido uma patente de capitão. Sereno e digno, subiu o chefe da revolta maranhense ao patíbulo, exclamando, do alto dele:

— Pelo povo do Maranhão, morro contente!