O Brasil Anedótico/CCCXXVI

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Melo de Morais Filho — "Artistas do meu tempo", pág. 175.

Após uma juventude acidentada e boêmia, que se comprazia em ferir os outros com as flechas de ouro da ironia, Laurindo Rabelo sentiu o coração tocado por uma funda simpatia pela moça que veio a ser depois sua esposa. Casou-se. E a modificação que sofreu, pelo menos por algum tempo, foi completa. Abandonou as rodas brejeiras, pôs de parte o costume de despertar inimizades. Até o violão, seu companheiro de infância, foi posto à margem. Os amigos interpelavam-no sobre mudança tão brusca. E ele respondia, rindo:

— Case-se o mar, que o mar ficará manso!