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O Brasil Anedótico/CCIII

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Narrada pelo professor Raul Pederneiras

Em uma cervejaria de São Paulo, cujo soalho, como é de praxe nos estabelecimentos do gênero, se achava coberto de serragem, bebiam Emílio de Menezes e alguns amigos, quando um conhecido engenheiro, falando de arte, começou a louvar Florença e a influência dos florentinos na Renascença. No auge, porém, do entusiasmo, põe-se de pé, afasta a cadeira, e, ao sentar-se de novo, projeta-se de costas no chão. Levanta-se sujo de serragem, e quer insistir.

— Sim, é aos florentinos que devemos todo esse patrimônio artístico...

— Homem, intervém Emílio de Menezes, — deixa os florentinos...

E limpando-lhe a serragem:

— Tu agora estás "à milanesa".