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O Brasil Anedótico/CXLIII

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Humberto de Campos — Discurso na Academia Brasileira de Letras, 8 de maio de 1920.

Nos últimos dias do século passado era famoso no Rio, pelos seus processos de adquirir dinheiro, um boêmio cuja habilidade se tornou proverbial. A sua fórmula, para promover a elasticidade das bolsas, era cômoda e comovente. Chegava-se a um amigo, e lastimava-se:

— Veja só! Eu já tive uma fortuna regular, com os meus prédios, as minhas apólices, a minha caderneta de Banco... E hoje sou isto!...

E após uma pausa:

— Você, que me viu tão feliz, não poderá me "passar" uma de cinco mil réis?

Comentando esse modo de vida, Emílio de Menezes explicava:

— Coitado do Rocha! O que ele diz é verdade. Ele teve posição, casa, fortuna. Hoje, vive do "passado"!...