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O Brasil Anedótico/LXXI

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Frei Vicente do Salvador — "História do Brasil", pág. 154

Nas suas cartas para a metrópole, não se cansava Tomé de Sousa de pedir a El-Rei que, por tudo, lhe mandasse um substituto. Sentia-se fatigado de tratar com degredados, e isso em uma terra hostil e árida, onde a vida não compensava o trabalho.

Um dia, porém, ao regressar da visita a uma nau que vinha do Reino, foi o meirinho avisar ao governador que se achava a bordo D. Duarte da Costa, que o vinha substituir. A essa nova, o governador ficou como suspenso.

— Vedes isso, meirinho? disse, ao fim de um momento. Verdade é que eu desejava muito, e me crescia água na boca quando cuidava em ir para Portugal.

E com os olhos úmidos:

— Mas não sei por que é que agora se me seca a boca de tal modo, que quero cuspir e não posso...