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Onze anos e meio, em mar e terra

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Onze anos e meio, em mar e terra,
Sem interpolação, baixa nem nota,
Tenho servido ao Rei com fé devota,
Como consta da fé que o mais encerra;

Mil fomes que venci por vale e serra,
Duas viagens conduzindo frota,
Uma batalha, não de Aljubarrota,
Porque essa foi com pás e esta com guerra;

Este o serviço é que tenho feito,
Por que o Hábito peço, e ando nisto
Há três anos e meio sem efeito.

Sempre espero o Mexia para isto;
Mas não cuidem que sou na fé suspeito.
Aque d’El-rei, despache-me, por Cristo!