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Página:Émile Faguet - L'Art de lire.djvu/173

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assim não é um prazer ou, pelo menos, é um prazer muito particular, misturado com muita secura. Sarcey me dizia, perto do fim de sua vida, é verdade: «Como me cansa ler os livros para saber aquilo que eu diria sobre eles! Isso não é mais ler; não é mais se abandonar; é reagir; é ler em si mesmo mais do que no autor.» Ele tinha um pouco de razão. Para que serve então o crítico? A fazer com que se leia um autor a partir de um certo ponto de vista. Seu artigo é um tipo de introdução ao autor, introdução, que, inclusive, pode ser muito útil. Seja que o leitor já tenha ou não lido aquele autor, o crítico o convida a ler em uma tal predisposição ou a reler (ou repensar) sob uma nova orientação. No primeiro caso, ele lhe diz: “pense nisso”; no segundo: “você tinha reparado nisso?” . Para falar como Bonald, que via tudo por três e dentro de cada tríade um mediador, a leitura se compõe de três personagens: o autor, o leitor; e o crítico é o mediador.

Mas, ainda uma vez mais, o crítico é um homem que só sabe ler como crítico e que só ensina a ler como crítico, que só ensina a leitura crítica, sobre a qual, ao final, eu não penso em falar mal. Mas você quer ler somente para desfrutar de suas leituras? Quer aprender a ler como se aprende a tocar o violino, quer dizer, para saber como tocar e para ter o maior prazer possível tocando? Este é um objetivo totalmente diferente; é