Página:A Brazileira de Prazins (1882).pdf/169

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etiquetas, que estava morto por se safar, não estava para lérias: que as tais senhoras Sotomaiores, as Peixotas e as Meneses deviam ser mais velhas que a Sé, uns estafermos. Ele segredava ao ouvido do Zeferino coisas, ratices suas em Braga, quando era rapaz. — Que fizera um destroço nas primas, tudo pelo pó do gato. Que pagara bem o seu tributo à asneira; e casquinava com vaidade paparreta, carregando-lhe a mão no verde. Quando entravam pelo assado, chegou um tenente do 8 a contar a um amigo, que estava à mesa, que chegara naquele momento preso ao Governo Civil, vindo da Póvoa de Lanhoso, um maroto que dizia ser D. Miguel, e ouvira dizer a um realista que o vira em Roma, havia três anos, que se parecia bastante com ele.

O Cerveira erguera-se num grande espanto indiscreto a olhar para o oficial, que o fixava com uma curiosidade irónica. Convergiram todos os olhares para o homem das barbas respeitáveis. Quedou-se momentos naquele espasmo, num trémulo, e perguntou: