— Foi este?
— Esse nunca me disse nada — respondeu com a voz trémula, toda vermelha, a rapariga.
— Foi este?
Marta não ergueu os olhos nem respondeu.
— Então, moça? qual foi dos nove? Diz lá. Tu que te queixaste é que algum embarrou por ti.
— Eu não me queixei... — murmurou a interrogada.
Verdadeiramente ela não se queixara. Foi o Zeferino, o filho do alferes da Lamela, o mestre-pedreiro que andando a construir um canastro na eira do padre-mestre, observara que os estudantes rentavam à cachopa, e ajeitavam-se em atitudes abrejeiradas, como de quem espreita, quando ela subia a escada.
O denunciante ao pai de Marta foi ele, o pedreiro abastado, não porque o espicaçassem nessa denúncia o zelo dos bons costumes, e um justo ódio às concupiscentes espionagens dos rapazes, mas porque gostava, deveras, da moça. Ele passava já dos trinta e dois e era a primeira vez que