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de José Dias, que lhe escrevera de Braga, por intervenção do padre Osório, dando-lhe coragem e esperança no casamento logo que cessasse a guerra. Foi esse alento que a revoltou contra o pai quando ele instava com ela a casar com o tio, que era talvez, dizia, o homem mais rico de Portugal, abaixo do rei. Marta replicava com trejeitos de tédio desdenhoso; e, exaltada pela boçal insistência do pai, protestava, se a apoquentassem, atirar-se ao rio como sua mãe.

O Simeão perdeu a vontade de comer; andava atordoado numa tristeza estúpida a dar uns ais pela casa que pareciam mugidos de bezerro perdido na serra. A pequena já não queria ir à mesa, metia-se na cama e fingia-se doente para não encontrar o tio Feliciano.

José Dias e o pai permaneciam em Braga, porque em diferentes pontos da província continuavam as agitações miguelistas; o novo ministério não tinha força, e o Zeferino das Lamelas nunca depusera as armas. Os serezinos faziam excursões e batiam os realistas ou prendiam os agitadores. José Dias, numa dessas surtidas a Vila Verde, a pé e com pouca saúde, ganhara uma bronquite