Página:A Brazileira de Prazins (1882).pdf/293

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pancadas que lhe deram os ladrões de estrada. D. Teresa e o prior acompanharam-na. Quando chegaram, saía o pároco de o confessar e tocava o sino ao viático. Havia uma agitação de angustiosa curiosidade no povo que confluía à igreja chamado pelo sinal. Dizia-se que eram ladrões que saíram ao lavrador em Santiago de Antas; havia opiniões mais individualistas: segredava-se o nome do pedreiro; um pastor de cabras dizia que vira passar de madrugada para as Lamelas o Patarro de Monte Córdova e mais outro mal-encarado; mas todos à uma diziam que não tinham visto nada, nem queriam saber de desgraças, com medo à malta do Zeferino.

O Simeão estava ainda com a face arregoada de sangue, vestido sobre a cama, resfolegando com muita ansiedade, gemendo com dores, e a cabeça um pouco elevada sobre um magro travesseiro muito comprido dobrado em três pelo vigário. Esperava-se o cirurgião. A filha teve um desmaio quando viu a cara ensanguentada do pai, à luz mortiça de uma vela de sebo numa placa