Página:A Brazileira de Prazins (1882).pdf/62

Wikisource, a biblioteca livre

Os mais veleiros levavam-no esfalfado, cambaleando, atortemelado, quando o viram desaparecer de súbito entre uma espessa moita de plátanos. Daí a instantes, abeirando-se à ourela do rio, viram a barretina e a niza de saragoça sobre uns cômoros ervecidos; e, a distância de dez varas, aquele bêbedo imortal atravessava o rio a nado, numa tarde de Dezembro, com a espada nos dentes, e a banda a tiracolo.

— Ó alma do Diabo! — dizia o Patarro de Monte Córdova, cevando a arma com zagalotes para lhe atirar. — Vou matar aquele pato bravo!

E o mais novo dos quatro, um imberbe que tinha pai:

— Não lhe atire, ó tio Patarro! É um velho, coitado! Não lhe vê os cabelos brancos? Aquele homem não se deve matar. Ele vai morrer afogado antes de chegar à outra banda. Verá. Que raio de amizade ele tem à espada! Aquilo é que é!

A meio do rio, onde a veia de água resvalava mais impetuosa, deixou-se derivar sem esforço de natação. Mal bracejava. Depois, o Ave espraiava-