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a carne
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misturado, confundindo com o suor que manava em camarinhas. Os olhos do miseravel revolviam-se sangrentos, seus dentes rangiam, ele bufava.

— Phosphoros! Phosphoros! Quem tem phosphoros? perguntou o preto, depois que esvaziou a lata, e que fez desapparecer Joaquim Cambinda sob um montão de sapé.

— Eu! acudiu a negra que dera principio ao motim, e extende-lhe uma caixa de phosphoros.

O preto saltou abaixo, tomou-a, abaixou-se, riscou um phosphoro, protegeu-lhe a chamma com a mão em fórma de concha, encostou-o ao sapé, junto do chão.

Ergueu-se uma fumarada espessa, azul-claro por cima, côr de ferrugem por baixo; a chamma scintillou em compridas linguas gulosas, lambeu, rodeou