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a carne
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samente, miseravelmente. Os outros desappareceram.

Continuava a fascinação.

O desgraçado rato tremia. Começou de mover-se às guinadas, dando saltos irregulares, ataxicos. Não fugia, avançava para a cobra. Chegou-se-lhe muito perto. O rolo hediondo distendeu-se rapido, como uma mola de relogio, que se escapa do tambor, deu um bote. O animalzinho, ferido pelo dente fulmineo, virou de costas. Dentro de um minuto estava morto.

A cobra desenrolou-se então de uma vez, extendeu-se ao comprido, abriu, escancarou uma bocca enorme, começou a deglutir a preia, desarticulando as mandíbulas para dar passagem ao corpo relativamente volumoso...

Depois, saciada, farta, com o repasto a formar um bolo visivel exteriormente