a carne
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Ouviu-se um soluço triste, dorido, que vinha das trevas do corredor.
A ceia dessa noute correu cheia de constrangimento: nem Barbosa olhava para Lenita, nem Lenita para Barbosa. Comiam, ou antes, fingiam comer em silencio.
— Esta menina precisa de tomar remedios, disse o coronel, reparando no abatimento, no apetite quase nullo de Lenita. Depois da tal historia da cobra deixou de ser o que era. Se tivesse usado da vegetalina, o caso seria outro.
Veiu o chá: quando acabaram de tomal-o, Barbosa levantou-se, deu boa noute ao pae, despediu-se de Lenita em voz sumida, soturna, cerimoniatica; chamou-lhe minha senhora.
Recolheu-se.
Lenita ainda conversou por algum tempo com o coronel. Seguia, fingia se-