roço de coração, em que o amor de mãe brotava como uma flor preciosa, que se pôz a procura-la.
Mas a ama da filha havia 3 anos que tinha morrido e a creança tinha ficado com uns visinhos, mais pobres e miseraveis que a propria ama, e dos quaes não se sabia o paradeiro, havia mais de um ano. Para onde tinham ido?... Dirigiu-se à policia, mas ali então as trevas tornaram-se mais densas. Inuteis todas as pesquizas. Os vestigios da creança tinham desaparecido.
Talvez tivesse morrido, diziam-lhe êles lá.
Emigraram talvez as creaturas com quem estava e era natural que a pequena não tivesse resistido, atenta a vida de miseria e privações levada por esses desgraçados que se expatriam clandestinamente.
Para que preocupar-se mais com o irremediavel? Sim, devia ter morrido.
E ela chorou, pensou ainda uns tempos nisso, e por fim... esqueceu.
Mas eis que essa fita, do animatografo, desdobra ante seus olhos, espavoridos, todo um drama dilacerante, de uma creança abandonada...
Não poderia tudo isso ter sucedido à sua filha ? E ela, vendo a mão morta de desgosto, no passado, essa pobre mãe que nunca a abandonou, nem depois da sua ingratidão, e vendo a filha agora, quem sabe? moribunda num leito do hospital, ou rolando na infamia de todas as torpezas humanas!...
Que despreso então sentiu por si propria, e por todos esses cumplices da sua vida de ignobil perdição!...
Oh! não ela não era má, porque sofria tanto