áquele sitio, para saber o resultado da estranha revolução do balsedo.
Apenas lá cheguei, ouvi uma vozinha minha conhecida, que me falou afavelmente:
― Adeus, minha senhora!
Olhei, era o meu amavel gafanhoto, o meu informador da outra vez.
― Ai, é o senhor? mas então ainda aqui está? resolveu-se afinal a ficar com as suas convicções, não é verdade?
Êle meneou a cabeça com tristeza.
― Não minha senhora, transigi, corri a alistar-me entre os vencedores, mas chamaram-me cousas feias, nomes aboticados, riram-se de mim, e eu tive de retirar-me vexado e corrido, porque a revolução foi feita só para êles.
― O que?! então a revolução foi só para êles? exagera!...
― E' como lhe digo.
— Ah! mas isso então está mau!
— Fale baixo, minha senhora: olhe que se a ouvem, póde ser presa.
— Desatei a rir com a lembrança do gafanhoto. Êle caiu em si, compreendendo o equivoco e desculpou-se.
— Quer V. Ex.a vêl-os e ouvil-os? — acrescentou — olhe nesta direcção.
Olhei e vi, numa clareira aberta no tojo, numerosas fiádas de grilos, com raras excepções um ou outro gafanhoto de permeio, constituindo uma assembléa.