Chamei-o Pst! pst!... Não ouviu.
Dirigia-se para a borda do precipicio...
Tive o presentimento d'uma tragedia, a visão d'um suicidio, e corri para êle gritando:
― Senhor gafanhoto! O' Senhor gafanhoto! Então? o que faz?...
Êle estacou, e vendo-me, tirou o seu chapensinho de veludo, numa rasgada reverencia, dizendo um pouco agitado:
― Por cá, minha senhora?!
― Que desgosto eu teria se o não encontrava! Diga-me, já fez as pazes com a sua republica?
― Bem se vê que anda bem longe de tudo isto!
― Não comprehendo!
― Sim, fala em paz... quando êles quasi nos devoram, para se não devorarem uns aos outros...
― Que me diz? mas então, o que eu ouvi...
― Tudo palavras.
― Entusiasmos tão sinceros...
― Adeus, minha senhora.
― Como adeus?
― Expatrio-me; não posso mais!
― Porquê?
― Não ouve além o ruido dos machados? São os rachadores de fóra que começam a invadir a floresta para derribarem e levarem as nossas arvores seculares...
― Phantasía com certeza! eu nada ouço...
― Não admira! não conhece os ruidos da floresta!...
― Mas então, o regimen trouxe taes males?...