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Página:A Dança do Destino - Lutegarda Guimarães de Caires (1913).pdf/19

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A dança do destino
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dal de felicidades, mas, sem duvida alguma, n'um estado muito parecido com o conforto.

Era a primeira vez que ia jogar, e na primeira vez toda a gente ganha. E êle merecia-o bem, porque aquele dinheiro tinha-lhe custado... lagrimas até!...

Como o tinha arranjado?

 
V
 

N'esse dia levantou-se muito cedo, mais ralado e aflicto que nunca. A tosse da pobre Martha recrudescia; nem o deixára dormir. Vira-a vagueando pálida e oprimida n'aquela casa fria e desconfortavel, comprimindo o peito com as mãos transparentes, a querer impedir a tosse, que o despertava. Assaltou-o o remorso. Pois quê? êle, um homem válido, deixava assim covardemonte sossobrar-lhe o animo, esvalirem-se-lhe todas as energias, sumir-se-lhe a coragem nas sombras tenebrosas da miseria !...

Não! era preciso travar de novo a lucta com a sorte adversa e morrer, ou vencer.

Sahiu decidido a tudo tentar..

 

Levava o seu ultimo quadro; vendê-lo-hia para esse dia e depois iria oferecor-se para qualquer tra-

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