O pae morreu tinha a pequena tres annos.
A mãe ficou pobre e desamparada de afectos, com um filho e uma filha.
Lia foi para a companhia de uma tia, que, não tendo filhos, adoptou a orphã, não sem ter feito um longo discurso, no dia do enterro do irmão, o pae de Lia, á numerosa assistencia, que a escutava compungida e enlevada na grandeza da sua alma filantropica e carinhosa e no seu procedimento generoso e desinteressado.
Em estilo oratorio, com lagrimas na voz, de tal modo fez valer a grandeza da sua acção que as visitas e os parentes viam-na sob o aspecto de uma santa, tomando sobre si o colossal encargo de proteger uma sobrinha, a filha orphã e pobre de seu irmão.
A pequenita partiu alguns dias depois com a tia, na inconsciencia dos seus tres annos, mas sentindo já, naquela tristeza enorme que a envolvia, as lagri-