desejas... Temos outra conversa de interesse: terás porventura entre as jóias de tua mulher algum alfinetinho, ou broche, não sei bem como se chama, que possas levar à nossa Glória? Ela deu bem as suas lições, segundo me disse o avô, e seria justo recompensá-la. Para incitamento, prometi-lhe que lhe levaria uma lembrança que tivesse pertencido à mãe... Sobretudo, é naquele coração que se deve cultivar a adoração dela... Contraria-te a idéia?
– Não será cedo para dar jóias a minha filha?
– Conforme a jóia; vamos ver... onde as tens?
– No cofre. Espera... ou antes, vem comigo.
Entraram para um gabinete contíguo e enquanto Argemiro escolhia a chave do cofre, Assunção estremeceu à idéia de poderem verificar um roubo...
Feliciano vira no peito de Alice um alfinete de Maria... a baronesa o dissera. Logo, se as jóias faltassem...
Era uma andorinha de pedras...
Senhor! Uma minúscula andorinha de pedras teria o poder de fazer tremer um homem?!
A chave rangeu na porta do cofre e Argemiro tirou de dentro uma caixa de cetim branco, amarelecido, que levou para cima da mesa.