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o casal, obsequioso, ofereceu a Sinhá uma caixa de passas de pêssego do Rio Grande, lembrança acabadinha de chegar da sua terra.

Logo que o trem se pôs em movimento, a Pedrosa suspirou de alívio. Que dia!

E, abrindo a caixa de pêssegos, contemplou-os com aprovação e disse:

– A única coisa boa do dia! Vê como estão bem arranjadinhos e como são bonitos. O fabricante tem arte... estes lacinhos de fita estão bem dados...

E ela, antes de fechar a caixa, cheirou os pêssegos.

– Esta gente agora, seja onde for que nos encontre, há de atravessar diante de nós... Entendem lá consigo que já nos obsequiaram. É o que se chama vir buscar lã...



– Pare no no 274 – disse a Pedrosa ao João, ao entrar no carro.

– Na casa do dr. Argemiro? Para quê, mamãe? Eu não entro!

– É só por curiosidade... a esta hora ele não está em casa... deixo-lhe um cartão e a caixa dos pêssegos... dir-lhe-ei depois que ia passar-lhe também um bilhete de caridade...

– Mamãe, os pêssegos são meus!

– Não sejas gulosa. Aquilo fez-se só para presentes. E, afinal, para quem quero eu o Argemiro? Les petits cadeaux entretiennent l’amitié,