Sinhá cumprimentou-o, admirada da habilidade da mãe; ela conseguira o seu desejo!
Ali estava na sua sala o homem por quem ela subira inutilmente o Corcovado. Bem o dissera ela: realizo todos os meus empreeendimentos!
Atendendo às visitas que rodeavam a mãe, Sinhá prestava atenção, a ver se distinguia a voz de Argemiro entre as vozes dos homens que palestravam no gabinete do pai.
Aí, entre os livros de direito e de economia política, arrumados em estantes de canela ou espalhados sobre a secretária e a mesa, conversavam animadamente Adolfo Caldas, Argemiro, dr. Sebrão, o conselheiro Isaías e o dono da casa.
– Falem-me de tudo! – exclamava o Pedrosa, súplice, – menos da política! Vocês não imaginam! não lhes direi que estou farto dela até os cabelos, porque sou careca; mas ultrapassa a minha força aturá-la até nos cavacos entre camaradas.
Conselheiro Isaías, lembrando-se lá consigo do empenho do Pedrosa para alcançar a pasta, comentou do canto onde acolhera o seu corpinho murcho:
– Percebe-se o sacrifício...
Caldas levantou-se com estrondo, disfarçando a malícia do outro, e foi ao lampião reacender